Falando assim, parece até exagero, mas é verdade. Essa é a sensação que tenho quando vou ao Café (Bistrô) Odeon, todos os dias após o almoço. Rita, Sílvio, Sandra, Gabriela e Vivi são minhas provas vivas do que estou dizendo, além de dividirem a mesma opinião.
Em plena Praça da Cinelândia, cravado no coração do Rio de Janeiro, quem vai ao café tem o privilégio inicial de escolher entre o deck – extenso e feito de madeira -, o lado de dentro e o segundo andar.
É lógico que a escolha certa, a meu ver, é justamente o deck, pois lá você tem a sua frente nada menos que a vista da Biblioteca Nacional, o Teatro Municipal e as Praças da Cinelândia e Mahatma Gandhi.
Dica: leve seu livro e peça o expresso. Lá, você não precisa ter pressa. Os garçons te deixam a vontade e você pode ocupar seu tempo relaxando enquanto as pessoas vão e vêm do lado de fora, preocupadas com o horário do trabalho, nem percebendo a sua presença por lá. E é aí que entram as férias.
Você acaba se imaginando em um café na Europa, na calçada da Champs-Élysées, tomando um expresso com água gasosa, sem se preocupar com nada, só acompanhando o movimento enquanto o tempo passa e tarde cai. Bem ao estilo turista!Por um momento, até esquece que foi ali rapidinho para dar uma relaxada após o almoço e jogar mais um pouco de papo fora com amigos de trabalho.
A única pena é que o toldo ainda não foi reposto, após um vendaval que houve aqui no rio, tirando um pouco do ar de privacidade e do charme europeu chique do local. De resto, tudo ótimo.
Aliás, curiosidades a parte, no Cine Odeon, que faz parte do complexo que tem até livraria – tudo bem separado, sem confusão -, e tem o mesmo charme do café, principalmente por sua carta de filmes, é ponto obrigatório dos cinéfilos alternativos e cults, além de ser palco principal do Festival de Cinema do Rio e do Anima Mundi.
Detalhe para o biscoitinho de canela que acompanha o cafezinho. Divino!
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Série: “Cafeína, pra que te quero?”
Texto escrito ao som de Beastie Boys, The Mix Up
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