28 de jul. de 2008

Mercado São Pedro

Já que estamos falando em Niterói, continuemos no mesmo bairro. Pelo menos (sem trocadilhos com clínica de depilação) por enquanto.

Num início de tarde de domingo eu e minha esposa decidimos pagar uma dívida adquirida já nos primeiros dias de namoro: almoçar no Mercado de Peixe de Niterói. Ou Mercado São Pedro. Fica à escolha do comensal.

Pois bem, rumamos cheios de fome e ansiedade para o tão afamado mercado.

Após errarmos o caminho umas 3 vezes (quem conhece a minha esposa sabe que isso é corriqueiro) chegamos a terra prometida.

Assim que apontamos o carro fomos abordados por um típico representante da maior praga moderna que conheço: o flanelinha! Dispensamos a sua ajuda e adentramos o estacionamento (R$ 2,00) que funciona bem em frente ao São Pedro. Porém, como era domingo, o estacionamento só funcionava até às 14:00h. Então a opção foi deixar o carro na rua mesmo; ninguém mexeu.

A primeira visão que temos é do extenso corredor ladeado por barracas de peixes e frutos do mar. Maravilha! O lugar é limpo e os vendedores simpaticíssimos e honestos! Alguns tão honestos que surpreendem. Como é o caso do Vascaíno. Uma amiga minha, assídua freqüentadora, já tinha me dado a dica. Quando perguntado se o peixe da barraca dele está bom, se não tiver, ele diz – Ihhh...hoje não está legal não! Melhor comprar na barraca do fulano ou do beltrano. Incrível!

No segundo andar estão os restaurantes. Tem desde o estilo boteco até o mais formalzinho. Neles pode-se escolher algum prato do cardápio ou então, o que dá muito mais prazer, pagar a “fritura” do peixe fresquinho que adquiridos nas barracas de peixes do primeiro pavimento.

Ficamos no Restaurante da Leda, seguindo indicação de uma amiga habitué do lugar. Não nos arrependemos. Marcamos a mesa, eu fiquei lá, bebendo e fumando. Eu disse fumando! Lá pode fumar, sim! Enquanto isso minha esposa foi escolher a surpresa marítima da tarde.

Pedi uma Bohemia (R$ 3,50 – 600ml) para ajudar a espantar a solidão e após a chegada da amada fui de boas ovas de peixe à milanesa (R$ 8,00). Depois fui confirmar o que havia nos dois sacos plásticos, trazidos pela “marida”, acomodados em cima da mesa.

Continham um quilo de camarão cinza (R$ 12,00), um polvo médio (R$ 15,00 o quilo) e mais ovas de peixe (R$ 3,00). Para fritar o camarão nos foi cobrado R$ 7,00 e para fazer o polvo, já com acompanhamentos, R$ 15,00. As ovas, bem, já tínhamos comido ovas, então levamos para casa.

Confesso que comer 1 Kg de camarão foi uma experiência até então desconhecida para mim. A R$ 19,00 então nem se fala! Nem nos meus melhores sonhos me imaginaria aproveitando este custo-benefício sem a certeza de que decorridas algumas horas teria que acionar o plano de saúde e solicitar uma ambulância!

Para acompanhar todo aquele camarão, cachacinha mineira (R$ 2,50), já que a Bohemia não estava dando conta.

Após alguns quartos de horas para a ova e o camarão “descerem”, emendamos o polvo. Este decepcionou...e muito! Mas a culpa não foi da Leda nem das outras tias que nos atenderam com toda atenção (destaque para a Rose). O polvo é que era ruim mesmo. Peixes e frutos do mar têm disso. Por vezes tem que saber escolher. Ele chegou à mesa com alho e óleo e tinha a consistência de um chiclete gigante. Mandamos voltar! Voltou para a cozinha, voltou para a mesa e estava do mesmo jeito! Daí a Leda trouxe uma amostra do polvo sério que ela comercializa no seu restaurante. Ele tinha sido feito só na água e sal. Estava divino! Da próxima vez peço para ela comprar o polvo pra mim!

Final de tarde, final feliz, só faltava a sobremesa. A palavra Thunder lhe diz alguma coisa? Este fica para outro texto, outro dia...

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