28 de jul. de 2008

A Última Ceia (para a querida Angélica)

Bléééééééimmmm...

Poucas coisas na minha vida são definitivas. Quero muito de tudo, mas não me apego muito a questões materiais, números de telefone, bairro, cidade, país...

Porém, algumas marcas são para sempre. E uma delas é o som da sineta do cemitério de Irajá, resultado do atrito do bastão, empunhado por um homem, contra o tubular objeto metálico ao entrar o corpo da minha irmã, inerte, desprovido de vida aos portões do cemitério. Esse som jamais esquecerei. Na verdade escuto-o agora. Nesse exato momento em que escrevo e para sempre.

Mas como o objetivo aqui é falar de comida, desculpem a confissão e vamos ao que interessa. O que comer e o que beber numa situação dessas? O que comer e o que beber quando nada se quer comer ou beber? Quando se está deveras preocupado com a saúde de um ente querido ou acabou de perdê-lo.

Para comer

Misto quente

É ideal para pessoas de meia idade. O sanduíche mata a fome na medida certa. Não é muito grande e nem pequeno. É do tamanho da pouca fome que se tem em momentos de grande preocupação. Recomendo o do Bar Bico e o do Tropical Sucos.

Cream Cracker

Muito utilizado por pessoas que já estão na melhor idade, para matar aquela necessidade biológica de se comer alguma coisa. Até por que pessoas da melhor idade, nessas situações, dizem que não querem comer nada. Mas um cream cracker eles encaram numa boa.

Para aqueles que acham que o nome do biscoito é Creme Cracker eu digo que estou falando da mesma coisa. Eu nunca entendi por que as pessoas só aportuguesaram o Cream e mantiveram o Cracker com a pronúncia em inglês.

Pão na chapa

Esse é clássico! Confesso que demorei para descobrir os prazeres que um pão na chapa pode proporcionar. Os que eu já tinha experimentado mais pareciam pão puro amassado e quente. Recentemente descobri que a frase: “amigão, pão na chapa com mais manteiga, por favor”, pode surpreender positivamente. Boa pedida para antes ou para depois de funerais.

Açaí

Uma boa alternativa é o açaí. É um suco? Bem, prefiro pensar no açaí como uma refeição. Um copo/ tigela de 500ml e duvido que se fique com fome nas próximas 3 ou 4 horas. É gostoso, prático e alimenta. Recomendo o tipo A ou o tipo B do Golden Sucos da Barra (a loja da Barra é infinitamente superior a do Recreio).

Para Beber

Café!

Muito café para conseguir fumar aquele cigarro, para manter-se acordado ou simplesmente por que café é bom demais. Nessas horas não tem essa de café gourmet, Família Baggio, Bravo, Olivier ou qualquer outro 100% arábica. O ideal é aquele da garrafa térmica vendido na barraquinha a R$1,00 o copo.

Conhaque

Bom companheiro! O teor alcoólico de 38% de um Domec deixa você relaxado e preparado para o que vier. Conhaque Fundador e Dreher são opções. No calor dê preferência a bebidas acompanhadas de gelo.

Whisky

No flask ou on the rock permite que se tenha uma visão do mundo como a que tinha Humphrey Bogart, para quem o mundo estava sempre duas doses abaixo.


Cerveja

A cerveja, assim com o vinho, tem como característica principal reunir pessoas. Ninguém gosta de ficar bebendo cerveja sozinho. É barata, tem em tudo que é lugar e sempre tem alguém para acompanhar (apesar de estes tempos de lei seca terem tornado as companhias menos freqüentes). Ideal para atualizar o papo com os amigos e parentes distantes após o funeral.

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Serviço

Bar Bico
Copacabana - Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 1253

Tropical Sucos
Flamengo/ Botafogo – Esquina da Praia de Botafogo com Marquês de Abrantes

Golden Sucos
Barra da Tijuca - Avenida Sernambetiba, 5130

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Trilha Sonora:


Amy Whinehouse

  • Addicted
  • Back to Black
  • Im my bed
  • Just friends
  • Love is a losing game
  • Rehab
  • Tears dry on their own
  • You know i’m no good
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Iconha e Sanduiche de Pernil

Neste último feriado, acabei indo para Vitória de carro, coisa que não fazia há pelo menos nove anos (não conta minha viagem para Alegre dois anos atrás, quando viajei à noite).

E muito antes de me organizar para a essa viagem, a única coisa certa que tinha em mente era matar minha imensa saudade de comer o Sanduíche de Pernil de Iconha.

Haha, já até imagino que você esteja pensando: “mais que diabos de lugar é esse?”. Iconha é uma cidade daquelas de história de interior. Literalmente tem apenas uma avenida (rua), de mais ou menos uns 400 metros, um posto de gasolina e uns comércios “meia-boca”, mas que satisfazem os moradores da região (não lembro ter visto praça, muito menos igreja).

Pelo bem ou pelo mal, Iconha fica no meio da estrada, fazendo com que o motorista seja obrigado a passar por dentro dela. E como eu descobri esse sanduíche? Só lembro que algum maluco desbravador indicou ao meu pai, que uma vez parou para comer comigo numa dessas vindas à Niterói e até hoje guardo esse sabor na minha lembrança.

Localizada na BR101, com aproximadamente 12 mil habitantes, e
à 94 km de Vitória, essa ilha no asfalto reserva essa grande pérola. Na verdade, acredito que o Bar Almeida, local onde é vendido o sanduíche, é o único grande divulgador da cidade.

Logo na chegada ao bar, você acha que não encontrará nada novo. Já que o aspecto é bem duvidoso, assim como a maioria dos bares de beira de estrada que você já viu. Chega na porta, dá aquela conferida e nada demais: cerveja, biscoito, coxinha estilo quibe, refrigerante, umas paradas caseiras – de comer - que você evita saber o que é, além de uma foto muito antiga do dono na parede.

Aí, quando de repente você se vira pra dentro do balcão para pedir o básico, bate o olho em uma estufa com um pernil quase que dourado brilhando para seus olhos! Qualquer coisa que você tinha em mente vai embora no mesmo segundo e você só pensa naquilo e logo pergunta: “aquele pernil é pra que?”. O rapaz com cara de que não queria estar ali trabalhando responde: “aqui nós vendemos sanduíche de pernil!”.

Pronto, “taí” o que você queria e não sabia. Comer essa deliciosa receita caseira em meio a uma estrada que não tem absolutamente na de qualidade.

O sanduba vem no estilo clássico, Pão Francês quentinho, uma pitada de manteiga e muito, muito pernil! Quem quiser pode pedir com queijo, mas acho isso uma heresia. A criança sai por apenas R$ 6, o que nos dá uma margem para comer 2! Afinal de contas não é todo dia que se passa em Iconha!

A criança não deixa nada a desejar aos sanduíches daqui do Rio, como o Cervantes e Ernesto, e ainda parece mais saboroso por ser uma coisa que você pode dizer que descobriu na estrada! E essa mentirinha pode colar. Faça uma pesquisa e veja quantas pessoas ao seu redor conhece a cidade de Iconha.

Pra beber, pedi um refrigerante (R$ 2), já que estava dirigindo, sendo que a vontade era ficar lá tomando um gelo (cerveja) e comendo mais umas unidades de pernil. Para quem gosta, ainda rola uns beijinhos de coco caseiro em saquinho, pra comer na estrada e dar uma adoçada no paladar! Esse eu não lembro o preço, mas é bem baratinho!

Acho melhor parar por aqui, pois daqui a pouco acabo arrumando uma desculpa para ir à Vitória de carro novamente.

Mais informações sobre Iconha:
http://www.iconha.es.gov.br/perfil.html

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Trilha Sonora:


FUNDO DE QUINTAL - Ao Vivo Convida

BETH CARVALHO - Melhores

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Los Hermanos

Argentina ao alcance de todos!

A coisa está mais ou menos nesse nível! Ir para Buenos Aires está ficando mais corriqueiro do que ir para Cabo Frio e é mais barato do que ir para o Nordeste. Não que eu tenha ido milhares de vezes para Buenos Aires...na verdade fui uma vez só. E gostei. Gostei muito. Bem, gostei muitíssimo! Voltarei!


Foram 3 dias de intensas caminhadas, corridas de táxi e muita gastronomia. Não era pra menos, já que a oferta é vasta, o preço extremamente acessível e o horário de funcionamento dos bares/ cafés/ restaurantes varam a madrugada.

Hospedado no bairro de Monserrat, entre a Rivadavia e a Nove de Julio, região central de Buenos Aires, logo no primeiro dia, por volta das 02:00h fui conhecer os bares da região. Depois da caminhada, a pedida foi vinho tinto, jamon serrano, salada russa e pão na calçada de um restaurante modesto e com atendimento caloroso, mesmo com o frio que estava fazendo. Nota 10.

No café da manhã não quis comprometer o apetite com frutas ou bolos e ataquei de espumante com doce de leite e pão. Desjejum dos sonhos, mas o medo da cirrose me levou a experimentar esta maravilha apenas uma vez.

O restaurante Plaza Mayor (Calle Venezuela, 1399, em San Telmo, é típico restaurante espanhol, em Buenos Aires. E é bom. Muito bom. A decoração, em vermelho, chama a atenção com as paredes cobertas de leques e o quadro de uma bela jovem espanhola, que vigia os comensais, enquanto mostra suas costas nuas, sua flor no cabelo e toda a sua altivez.

O pão, quentinho e com recheio de azeitonas pretas, vem antes do cardápio. Para aguardar a Paella Valenciana, tapas.

No Plaza Mayor comi o melhor jamon serrano desses meus dias em Buenos Aires. Cortado fininho, sal na medida certa, macio, gosto delicado e molhadinho.

A Paella, como era de se esperar, perfeita e bem servida. A pequena dá para duas pessoas.
O curioso é que, apesar de cheio, tinha sempre gente na porta do restaurante. As pessoas formavam fila, entravam, e não demorava muito iam embora com uma sacola nas mãos. Ao final da refeição o segredo foi descoberto.

Era o que os portenhos chamam de pan dulce! Um irresistível pão doce cravejado de frutas secas, nozes e castanhas. A tradição é comer o pão acompanhado de uma grande caneca de sidra. Eu, como bom carioca, fui de café mesmo.

A cerveja é bebida em garrafas de 1 litro. É super normal ver pessoas andando pelas ruas com suas garrafas gigantescas em punho. É uma mania difícil de não ser copiada.

Todo mundo sabe que o tango é a dança típica da Argentina. E que ir à Argentina sem assistir a um show de tango é não ir à Argentina, e coisas do gênero. Mas pensei que eu, sentado em uma cadeira de restaurante argentino, assistindo a um show de tango seria tão suspeito quanto os que se sentam em frente às mulatas num show de samba, no Plataforma.

Declinei do programa e fui direto para a o La Viruta (Armenia, 1366, entre Cabrera e Niceto Vega), em Palermo Viejo, assistir a uma milonga. O baile acontece no subsolo do clube e vai até às 04:00h da manhã.

E a carne? Decidi não arriscar e parti para o óbvio. Jantar no Cabaña Las Lilas (Alicia Moreau de Justo, 516), em Puerto Madeiro. Lugar sóbrio, com as pessoas elegantes chegando, o vento frio batendo e o Rio da Prata ao lado.

Acho que ir ao Cabaña é mais turistão do que show de tango. Mas a carne é absurdamente boa! Gostei mais do t-bone steak do que do ojo de bife, apesar de este último poder ser cortado até com aquelas faquinhas insuportáveis de plástico.

O único problema é que o restaurante é muito barulhento. Marinheiro de primeira viagem, não sabia que tinha outro salão, espécie de anexo, muito mais tranqüilo do que o salão principal com sua correria, decibéis elevados e a fumaça dos tabagistas.

Após o jantar, nada como uma boa caminhada. Então caminhei por aproximadamente 4 horas! Tanta caminhada que fiquei com aquela fomezinha. Aquela suficiente para um cafezinho de fim de noite. Ou madrugada, já que o relógio marcava 03:30h da manhã. Então a pedida foi Café Tortoni (Avenida de Mayo, 825-829, Centro). Fundado em 1858 é o mais antigo café de Buenos Aires. O sanduíche de miga é perfeito. Assim como o chocolate quente, que de tão concentrado precisa de um pouco de leite para dilui-lo, após ser depositado no copo.

Da Recoleta trago a lembrança de um hermano “malandro” querendo me cobrar os tubos para eu entrar numa boate. Quando estava pensando o motivo de preço tão elevado eis que surge uma multidão ululante a subir as escadas do clube sem nem sequer notar a presença do rapaz. Fiz a esperada pergunta – Porque estas pessoas subiram e não pagaram nada? E obtive resposta a altura – É porque eles são meus amigos...

Fala sério! Saio daqui do Rio de Janeiro para ser vítima de migué em Buenos Aires! Sem chance! Peguei um táxi e fui para outro lugar. Acabei encontrando um bar, com iluminação à vela e que tocava tudo o que fez sucesso aqui no Brasil nos anos 80. Black Box, Technotronic e Erasure eram a trilha sonora.

No dia seguinte voltei à Recoleta para tomar café da manhã no Alvear Palace Hotel (Avenida Alvear, 1891). É um lugar muito charmoso, elegante, lindo! E atento aos detalhes. Tudo no seu devido lugar. Ali você realmente consegue agradar aos cinco sentidos. A suntuosidade do local, o paladar da refeição, o aroma do café o quase silêncio do salão e o abraço da maravilhosa companheira eternizaram o momento.

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Trilha Sonora:

JOHN COLTRANE
Blue Train

THE SMASHING PUMPKINS
Mellon Collie and The Infinite Sadness - Down to dusk

FÁTIMA GUEDES
Muito Intensa

Vai um Galeto?

Como já foi dito pelo saudoso Bussunda, parafraseando o igualmente saudoso síndico Tim Maia - Vamos começar tudo de novo. Após merecidas férias blogueiras o Diário de BARdo volta, assim, como quem não quer nada para contar um pouco do que acontece nos bares e botecos e vice-versa que estão por aí.

Mas...vamos ao que interessa: Galeto!

A refeição típica das colônias do sul do Brasil tem sua origem na ItáliaPreocupado em obter recursos para a realização de obras públicas o governo (sempre ele) italiano tomou medidas impopulares que atingiam, lógico, os pobres. Isso por volta de 1880.

Com os pesados impostos a única alternativa para ingerir proteína de origem animal era caçar passarinhos. A passarinhada, que aqui no Brasil ganhou o nome de galeto, com o frango abatido no mês de nascimento no lugar dos pássaros.

É por isso que no Cervantes o prato leva o nome de Frango de Leite. A ave, assada no forno, chega a mesa dourada e com todas as características de fritura. Porém ao se degustar o primeiro naco percebe-se que não tem óleo por ali... O galeto pode ser servido sozinho (R$ 13,00) ou acompanhado. Uma boa pedida é ½ porção de farofa de ovo e batata frita (R$ 9,00) e lingüiça do Rio Grande (R$ 10,00). É comida para dois!

Para a galerinha do centro da cidade a boa é o galeto da Avenida Central. Balcão em U, aparência duvidosa, e um malucão tirando um espanador que fica enfiado numa gordura cansada e passando em cima do frango.

O galeto (R$ 5,90, ½ porção) é de primeira. Assado na brasa e bem temperado. Comer em balcão é coisa de coroa, mas como os coroas são os que sabem das coisas, vou na deles sem medo. Além do mais já sou quase coroa, né? Enquanto esperava o prato principal resolvi abrir o apetite com uma linguicinha light (R$ 1,90). Para beber, fui de vinho português Moinho da Asseiceira (R$ 9,00 a taça).

Na categoria galeto-de-televisão-de-cachorro adoro o que é feito na Taquara, em Jacarepaguá. O lugar, do qual não me lembro o nome, aliás, nunca soube o nome, é uma mistura de padaria e botequim. Tem mesinhas plásticas amarelas na calçada e uma atendente para 5000 pessoas. Haja Dalai para segurar a onda!

Mas prefiro esperar o galeto com uma cerveja na mão e um papo bom na mesa (meu camarada Duda) do que ficar 4 horas dentro da Magal comprando material escolar infantil.

Fala sério! Não matei meu pai a porrada!

Serviço:
Cervantes (Copacabana) - Avenida Prado Junior, 335 B
Cervantes (Barra - Américas) – Avenida das Américas, 5.777 – Loja 112
Cervantes (Via Parque) – Avenida Ayrton Senna, 3.000 - Loja 2068
Galeto Central – Avenida Rio Branco, 156 - 2ª sobreloja, lojas 327/328

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Trilha Sonora:
LOS HERMANOS
Conversa de botas batidas
Tá bom
Último Romance
Do sétimo andar
A outra
O pouco que sobrou

COLDPLAY
Don’t panic
Shive
Spies
Sparks
Yellow
Trouble
Parachutes
High speed
We never change
Every thing’s not los

Bar do Arnaudo

Em Santa Tereza tem o Bar do Arnaldo. E no Bar do Arnaldo tem comida nordestina! E a comida nordestina de lá é de te deixar desejando voltar sempre! E você acaba voltando sempre que pode!

O cardápio recheado de coisas boas te deixa na dúvida do que comer. É um prato melhor do que o outro.

Minhas sugestões para a entrada são o queijo coalho feito na brasa, quase torradinho, cortado em cubos ou a lingüiça calabresa fatiada com macaxeira. Essa entrada de lingüiça na minha opinião é a melhor, principalmente pela travessa parecer uma montanha.

Detalhe: todos os pratos lá, ou pelo menos a maioria, são quase que cobertos por cebola e são muito grandes. Na última vez que fui, uma entrada e um prato deram para três pessoas e ainda sobrou um pouquinho. Lá não tem economia. Essa coisa de comida contada não faz parte do estilo deles. Lá, a comida é servida como na casa de avó e quem come pouco passa a impressão de que não gostou, deixando a boa velhinha chateada.

Para acompanhar, o cliente escolhe entre a Skol, a Bohemia e Antarctica Original. Nunca vi saindo a Skol. E para os mais ousados, uma dose de cachaça para abrir o apetite. Opções da boa branquinha brasileira têm de sobra, é só olhar em volta nas paredes do restaurante. É muita coisa.

Minha preferência no cardápio é a carne de sol com macaxeira, acompanhada de feijão-de-corda, arroz branco e farofa de abóbora, que para minha felicidade tem cor de farofa de macumba haha. Detalhe: a travessa de feijão vem com duas tiras de queijo coalho em cima, preparadas para serem devoradas. Uma outra dica é a carne de porco com abóbora que, acredito eu, é um dos pratos mais pedidos no restaurante.

Na mesa, como tempero, tem pimenta e manteiga de garrafa, é lógico. Sendo que a manteiga é trocada toda vez que vem um novo pedido de comida na mesa, para que o cliente possa degustá-la na sua melhor forma, quentinha. E a pimenta é forte. Não abuse! Já vi gente chorando por causa dela. Pimenta do nordeste é coisa séria. Não se aventure se não estiver preparado.

O restaurante é simples. Deve ter umas 10 a 15 mesas, quase que coladas umas nas outras, mas com espaço suficiente para você não se sentir incomodado, um balcão com doces caseiros dos mais variados à mostra, uma espécie de varanda e um teto relativamente alto. Nas paredes, cachaça, cachaça, vinho, cachaça e alguns quadros. Para ficar perfeito, só faltava o chão do restaurante ser de terra batida!

Para turistas:
Para quem quiser ir sem pressa, para passear, pode pegar o bondinho no centro e saltar no Largo dos Guimarães. O Arnaldo fica à uns 100 metros de lá. Depois do almoço, para desgastar toda aquela comida, existem alguns ateliês muito charmosinhos que vendem produtos nos estilos carioca e nordestino, que não são encontrados nos pontos mais badalados da cidade. Santa Tereza é o lugar perfeito para comprar souvenires de lembrança ou até mesmo para decoração.

Eu mesmo fiquei apaixonado por um jogo de saleiro, paliteiro e guardanapo pintados com as paisagens do Rio, que em breve farão parte do meu kit churrasco.


Além disso, por ali, o sol não é tão quente quanto no asfalto e a brisa é ótima. Da para passear na boa, relaxado.

Mas voltando ao assunto Arnaldo, de sobremesa não vou de nenhum doce. Prefiro aquele cafezinho expresso básico. E para fechar, o de melhor é a conta. Depois de se deliciar com toda essa gostosura, o preço cai perfeitamente no bolso. Na última vez que fui, por exemplo, três pessoas dividiram o montante de R$70. Sendo que foram duas Antarcticas Originais, três cocas, uma entrada e um prato principal, além do café e dos 10% do garçom mais do que merecidos!

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Bob Marley – Songs of Freedom – cd 3
The Aggrolites – Reggae Hit L.A.
Manu Chao – Proxima Estacion Esperanza

Agora, Mauá

Ou a tríplice serrana: Mauá, Maringá, Maromba.

Num sábado nebuloso e com as crianças fora de casa Elaine e eu decidimos colocar o carro na estrada e ver para onde ele nos levaria. Acabou nos levando a declinar de Parati e São José dos Campos e marcar um golaço indo para Visconde de Mauá.

Paradinha em Penedo para chocolate quente e carona para uma mãe e dois filhos que filaram saquinhos de São Cosme, São Damião e São Doum. Doum é o santinho pequenino que fica entre Cosme e Damião. Nem sempre ele aparece, mas faço questão de falar nele.

Bem, após aproximadamente 1 hora de subida a 25Km/h (subimos de Uno Mille!!!) avistamos o vale. E logo depois o campo de futebol. E finalmente um boteco para a primeira do dia (Obrigado Meu Guia!).

Tendo bebido, bateu aquela vontade de rebater com um tira-gosto. Paramos, muito acertadamente, no Restaurante Bella Vista (Estr. Mauá – Maromba, Km 1). O nome do restaurante não é à toa. Ele fica no meio do nada, com sua varanda praticamente suspensa sobre a exuberante vegetação da Serra da Mantiquiera. Maravilhoso!

A responsável pelo estabelecimento é a simpaticíssima Mônica, que é dona de uma conversa daquelas que não dá vontade de ir embora. Para matar a fome fomos de cestinha de queijo provolone recheada com polenta e lingüiça calabresa (R$ 13,00). Depois emendamos numa outra cestinha com trutas frescas (13,00). Para acompanhar, cachacinha artesanal (R$ 1,00).

Depois do até breve, rumamos para a pousada, fizemos passeio de moto na chuva, fomos às cachoeiras e escorregas, voltamos para a pousada, tomamos banho, nos perfumamos e estávamos na rua novamente a procura de boa comida.

Começamos com as comidinhas para viagem. Fomos ao “O Fino da Roça” (Centro de Maringá). Lá compramos queijo provolone (R$ 22,00/ kg), queijo minas padrão (R$ 12,80 a unidade), goiabada cascão (R$ 9,00 a unidade), vinagre com ervas (R$ 13,50), pimenta (R$ 22,00) e pinga artesanal (R$ 7,50 a garrafa pequena). Todo mundo que chega aqui em casa elogia a garrafa do vinagre e/ ou a da pimenta!

Foi então que vimos um anúncio no jornalzinho local sobre um restaurante chamado “O Restaurante” (Alameda Gastronômica – Maringá – MG). Nome definitivo para o lugar. Comandado pelo chef Mauro Júnior, o restaurante é bem bacana: rústico, de bom gosto, aconchegante e com serviço atencioso e coerente. De entrada bolinhas de truta acompanhadas pelos molhos: pesto, azeitonas pretas, ervas e gengibre com mel e shoyo. Deliciosos.

Elaine foi de Sopa de queijo com batatas no pão italiano e eu fui de nhoque de batata com calabresa e funghi. Perfeitos! Para acompanhar pedi Cabernet Sauvignon chileno.

A sopa, além de deliciosa, estava na temperatura que a noite de Mauá pedia (apesar da lareira da casa estar acesa) e o nhoque... bem, o nhoque... só o da minha mãe para competir!

A conta do jantar completo não passou de R$ 100,00. A refeição estava tão boa que não deu tempo de ficar discriminando os preços dos pratos...

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Marina Lima – Nos beijamos demais
Marina Lima – Pé na Tábua
The B-52'S – Legal Tender
Lenny Kravitz - Minister of Rock 'N Roll
Lenny Kravitz - I Don't Want to Be a Star
Lenny Kravitz - Lady

Churrasco de Posto de Gasolina - ES

Essa é pra quem gosta de churrascaria... ...de posto de gasolina!

Dando um pulo lá no Espírito Santo - já que o mancebo aqui tem uma raiz criada nesse estado conhecido pelo café, praias e principalmente pelo repentino crescimento socioeconômico patrocinado pelas grandes indústrias - nada melhor do que falar sobre a comida de estrada daquelas bandas.

(Como diz o sábio, a estrada leva ao progresso)

Bem perto lá de casa, em Coqueiral de Aracruz – bairro localizado na beira da BR 101, mais ao norte do estado, à uma hora de Vitória - existe um posto da Rede Arara Azul, que tem uma churrascaria e quem passa não dá nada por ela!

Mas, para o pessoal da região, é o verdadeiro Oásis no deserto de entretenimento da área. Além disso, a comida é ótima, sem exagero!

Nome? Que nome? Lá, o esquema é: “Vamos comer um churrasquinho no posto?”

Honestíssima, a conta da churrascaria sai em média R$17 por pessoa, mesmo tomando uma cerveja de garrafa (o cliente pode escolher entre a Brahma, Skol, Bohemia e a Antarctica Original). Só pela variedade e pela qualidade da cerveja você já tem noção de que o lugar é para iniciados no assunto e, claro, para quem gosta da coisa.

O esquema do lugar é diferente das churrascarias daqui. Lá, você paga por peça e por quantidade. Como assim? Por exemplo, se você quiser coração de galinha, o garçom tira uma certa quantidade do espeto e coloca o preço. Se quiser picanha, tira uma “peça” e coloca o preço. No final, somam-se todos os itens anotados na comanda.

Na teoria, parece que vai ficar caro, mas não sei se é só a sensação ou porque os caras não sabem fazer contas, o preço sempre fica muito baixo! O velho ditado “quando bebo fico rico”, cai como uma luva como uma adaptação para Coqueiral: “Quando vou a Coqueiral, fico rico”!

Bem ao estilo beira-de-estrada mesmo, o posto tem um salão, onde ficam algumas mesas e um self service bem safado (o único ponto fraco do local), e uma grande varanda que circunda quase todo o restaurante.

E é lá que as pessoas preferem ficar! Do lado de fora bate uma brisa bacana e você tem uma sensação de estar comendo em família. Não, você não divide a mesa com os outros, mas como é uma das poucas opções de coisas para fazer na região, é certo de você encontrar pelo menos uma dúzia de amigos por lá.

É aquela velha história: “se combinasse não dava certo”. E não tem frescura, o lugar é democrático até a alma. Tem gente que chega de calça e sapato e outros que vão de bermuda e chinelinho de dedo!

De melhor, a escolha certa é a picanha mau passada com borda de gordura, pois ajuda a carne ficar ainda mais macia, a carne de porco – sem essa história modernosa de picanha suína -, e o queijo cabacinha.

Agora, o que realmente faria um homem mover montanhas para comer nessa churrascaria é a lingüiça da casa – caseira mesmo e sem piadas -, que é MARAVILHOSA e tem aquele estilo mineiro! De cor acinzentada e no formato de carretel, ela vem cravada no espeto, e o garçom coloca um pedaço bem generoso na mesa para todos. Esse é o espeto que, impreterivelmente, volta vazio para a churrasqueira, tamanho o sucesso dela.

Para acompanhar, um feijãozinho tropeiro, batata frita e banana frita, além da farofinha de macumba clássica, que vem como “brinde” e que o rapazinho aqui não abre mão!

O resto é história! Lá não tem frescura. Não venha com essa de filé com queijo, carne de avestruz ou comidinha japonesa! Se pedir isso vão te olhar torto como naqueles filmes americanos e você ainda corre o risco de tomar um pé na bunda.

De sobremesa? O carro chefe lá é o EskiBon de caixinha! Juro!

E de bônus, o cliente tem a praia a cinco minutos à pé do posto! Ou seja, programa certo depois daquele banho de mar de lavar a alma!

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The Slackers - Close my Eyes (Ska de primeira, bem ao estilo beira de praia!)

Cerol - o Bar do Nada pra Fazer

Trriiiinnn, toca o telefone.

- Alô?
- Fala, rapá, tudo certo?
- Fala grande. Tudo certinho.
- Qual é a boa de hoje? To aqui em casa de bobeira, nada pra fazer.
- Pô, pode crê, nada nada. Ta foda ficar vendo tv de bobeira aqui em casa. Não agüento mais.
- Aí, partiu tomar uma cerva no Cerol?
- Demoro, cara! Perfeito! To chegando lá em uns 20 min.
- Já é! E ainda dá tempo de pegar o jogo da tv!

É assim que a maioria das pessoas decide ir para o Sports Bar, mais conhecido como Cerol. Isso mesmo. Jamais chame alguém para ir ao Sports Bar. O seu convidado jamais saberá onde fica, por mais que ele freqüente esse local há muitos anos! Lá é CEROL e ponto!

Instalado na Rua Tavares de Macedo, no meio de Icaraí, esse é um dos últimos pés sujos remanescentes – GRAÇAS A DEUS - no bairro mais badalado de Niterói.

Voltando ao assunto, o estilo é simples: cerveja de garrafa da mais gelada e delicadamente cuidada. Lá, sempre a primeira opção oferecida pelo Maradona é a Antarctica.(Fugindo da conversa, rapidinho, esse Maradona não é hermano, pelo contrário, é brou, e não coloca nada na nossa água, assim como aconteceu na Copa de 90).

Mesas na calçada, interior do bar com azulejos desgastados, pôsteres antigos e um balcão que deixa à mostra o de sempre de qualquer boteco. Uma tv na entrada e uma no fundo do bar, para que todos os freqüentadores e transeuntes possam assistir democraticamente. Se você é daqueles desconfiados, ainda pode pedir para colocar o engradado debaixo da sua mesa para você controlar, que eles fazem sem problemas. Só que aí fica parecendo que você quer se mostrar para todos!

Para comer, churrasquinho mandrake, recheado e que sempre surpreende o desavisado. Ele vem servido no prato, com farofa estilo macumba, arroz e molho à campanha! Ou seja, c-o-m-p-l-e-t-o! Tirando isso, não arriscaria mais nada.

Aconchegante, local certo de coroas, jovens e adultos, o bar tira um pouco da monotonia e do espírito capitalista do bairro. Enquanto as mulheres vão fazer compras e fofocar na Moreira Cesar, os homens vão confraternizar a vida e bater um bom papo na rua de trás.

Além disso, há uma marquise e árvores por perto, o que deixa a calçada sempre escondida do sol forte do verão e numa temperatura legal para ficar por lá de bobeira até o dinheiro acabar.

Ah, se seu carro estiver estacionado em frente a calçada, em dia de jogo, ele virará apoio para as garrafas e tulipas dos que ficaram em pé, por falta de espaço. Mas não se espante, o pessoal lá é educado e sabe o valor de um carro.

Dado importante: se você é de Niterói e resolver fazer um teste, passando lá uma vez ao dia, durante uma semana, você sempre encontrará algum conhecido seu! Ou seja, sempre terá companhia para tomar uma cerveja gelada, de bobeira e sem preconceitos!

Outro dado importante: Se você passar por lá umas 9h da manhã, vai encontrar a coroada que acorda as 6h! Comparando com o horário dos mais novos, não é tão cedo, já que a galera que acorda as 10h, por exemplo, sai para beber ao meio dia! Ou seja, mais cedo que os coroas, já que eles esperam umas 3 horas para começar os trabalhos!

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Texto escrito ao som de Zé Gonzáles – a luta continua
De Leve – Babilônia Teima
Pyroman – Pyroman theorie
Instituto e Kamau – poesia de concreto!

Balangado

Não adianta me perguntar o nome do nordestino de estatura mediana e barba cerrada porque ninguém sabe. O que o povo sabe mesmo é que o pseudônimo dá nome ao singelo trailer, situado no posto de gasolina da Texaco, na Estrada dos Bandeirantes, em frente a famosa Estrada do Urubu. Ponto de encontro de profissionais, digamos, “liberais”, o lugar prima pela simplicidade e honestidade.

A cerveja (R$ 2,50), sempre gelada, é servida pelo herdeiro do negócio. Um rapazinho simpático que desliza entre as mesas com a garrafa e um abridor nas mãos. É só gritar. Para quem quer algo mais quente, pode pedir uma caipirinha de 51 ou uma purinha de Minas Gerais. Agora, não é raro acontecer uma cena inusitada quando o cliente faz o pedido da branquinha mineira: garrafão em punho, Balangado enche o copo americano com o líquido incolor e, após o serviço, ele mesmo dá uma generosa talada da bebida antes de entregar o pedido ao freguês!! Inacreditável!! Se fosse veneno matava dois!

Deve ser alguma tradição Viking ou coisa do gênero. Lembro-me de ter visto coisa parecida naquele filme apreciado por pessoas de gosto duvidoso, chamado “13º Guerreiro”. Bem, se não era neste filme era em outro. O que interessa é que após, literalmente, dividir o copo com pessoa tão distinta ainda estou aqui para contar a história.

Para beliscar pode-se escolher entre as várias opções de cortes de bovinos, suínos, carne de aves e até caprinos! As peças são grelhadas, diagonalmente, na grande churrasqueira à carvão integrada ao balcão, que sustenta ainda as panelas com a farofa e o molho à campanha. A porção é farta e o preço customizado. Vai de quanto o Balangado acha que vale o prato. Mas tem uma espécie de kit-petisco que é um prato de iguarias mais uma cerveja a R$ 5,00. Melhor que isso é bem difícil de conseguir.

Outro ponto positivo é segurança, que é feita por uma viatura da PM que fica permanentemente estacionada a poucos metros do estabelecimento.

Para necessidades fisiológicas tem o banheiro que é cedido pelo posto de gasolina. O ponto positivo do banheiro é que tem feminino também. E tem papel! Um luxo só!

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Texto escrito ao som de Fernanda Porto:
O Amor não Cala
De costas pro Mundo
Tudo de Bom
Amor Errado
Eletricidade
Tanta Besteira

Adega Flor de Coimbra

Um dos melhores bolinhos de bacalhau do Rio de Janeiro é de lá. Não poderia começar diferente esse texto. Tinha que ser logo pelo tira gosto, o cartão de visitas da casa portuguesa, Flor de Coimbra, que fica na Lapa.

Divinamente preparados, você pode comê-los apenas como tira gosto ou pedir de entrada antes da refeição. Banhe de azeite e sinta a delícia dissolver pela sua boca.

Bom, o restaurante pequeno, com umas 9 mesas embaixo e mais uma seis no mezanino que ocupa apenas um terço do espaço total, e um pé direito de uns 10 metros, deixando o restaurante bem ventilado.

A Flor de Coimbra é intitulada a adega mais antiga do Rio. Antes residência do pintor brasileiro de maior projeção internacional, Cândido Portinari, inaugurou como restaurante em 1938. Em suas paredes o cliente pode ficar vendo os quadros que contam a história – desenvolvimento - da Lapa e da Praça XV, por meio de pinturas. A decoração mostra a idade avançada, mas muito bem cuidada do restaurante.

arçons impecavelmente arrumados com as cores da bandeira portuguesa em suas roupas e aventais e um atendimento de primeira, sem frescuras, mas com muita educação.

O cardápio não economiza nos pratos que levam como ingrediente principal o bacalhau que harmoniza com os vinhos do lugar.

Os meus pratos prediletos são a Costelinha Frita com batatas coradas e arroz de brócolis e o Lombinho de Porco à moda da casa (arroz branco, batatas coradas, feijão branco e farofa). Ambos os pratos vêm recheados de cebola!

Apesar de poder trocar a guarnição pra mim a combinação é essa!Um fato inusitado: a bebida mais famosa da casa é a limonada! É sério! A limonada lá vem especialmente servida numa garrafa verde, dessas antigas, pra dar um toque de charme e de diferença! E realmente dá. Em quase todas as mesas você identifica o pedido e quem não conhece vai logo perguntando ao garçom!

De sobremesa - ai ai ai! - peça um pudim de leite. Simples, né? Mas muito bom.

No final, você ainda recebe um cálice de vinho do porto pra fechar com chave de ouro esse momento único de Portugal em meio a Lapa!

Ah, só não dê beijos ousados em sua companheira ou companheiro. Lá, só valem bitoquinhas para mostrar bom comportamento!

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Texto escrito ao som de dona esponja, de Zeca Pagodinho

BARdo Leo

Nesta edição, quem coloca as cartas na mesa é Leonardo Cremonezi. O Diário de BARdo vira o BARdo Leo (sacou o trocadilho?), que colaborará indicando os seus dois “bares do peito”, como ele mesmo diz!

Tasca do Edgard
Essa casa de amigos fica bem na esquina da Rua Alice e Mário Portela, em Laranjeiras. É daqueles tipos de bares que se ama ou odeia. A comida e o ambiente são maravilhosos, mas o estilão é de pé sujo. Vira point às sextas, à partir de 23h30. Seu Edgard, dono do bar, está sempre na área e faz questão de chamar os clientes pelo nome. Mas só os mais chegados. A dica é ir com alguém "de casa" na primeira vez. O melhor garçom é o Chiquinho, que trabalha sempre à partir das 18h. Já ganhou vários prêmios e está sempre de bom humor.

Bebidas: além do super chopp gelado (claro e escuro), o carro chefe da casa é o "coqueirinho", mistura de água de coco com cachaça, perfeito para o after-beach de domingo.

Comidas: Pastelzinho de carne moída, o melhor do bairro. Além de vários outros sabores, como o famoso pastel de lingüiça com provolone (este, só para os clientes vips. Esta iguaria não está no cardápio!! E deve ser pedida diretamente ao Chiquinho).

É o tipo de bar altamente bairrista e para poucos que assumem a alma de Laranjeiras como filosofia de vida.

Bar do Mineiro
Essa jóia de boteco fica em Santa Teresa. Não tem um estilo próprio, mas não tem como não ficar a vontade em qualquer dia da semana.

Devido à localização, próximo ao Largo do Curvelo, é freqüentado por cariocas e turistas em visita ao bairro. Lota após os filminhos cult do CineSanta.Bebidas: Cerveja de garrafa (uma raridade em bares do local) e o "Gengibre", cachaça com gengibre que cura qualquer doença, ressaca...

Comidas: O famoso Pastel de Feijoada, comidas mineiras e a feijoada de domingo.

Os melhores dias para ir são sexta à noite ou domingo à tarde.

Valeu pela força, Leo! Agora é partir pro abraço e acrescentar essas duas pérolas no roteiro dos cariocas!

Rapidinhas - Cafezinho de vovó

Para quem gosta de tomar aquele pingado salvador da pátria de manhã, antes de chegar ao trabalho, vão aí duas dicas certas de cafezinho que mais parecem aquele que vovó fazia de manhã, no café e a tarde, para lanchar com bolo de fubá recém saído do forno. Ambos no centro da cidade:

Boteco Piraquê: fica na XIII de Maio, ao lado da loja da TIM. O recinto deve ter uns 100 anos, assim como o povo que trabalha lá. Já dá para imaginar a delícia e a perfeição!? Para se ter uma idéia, você compra uma ficha – de verdade, daquelas de plástico azuladas – e troca no balcão por uma dose de felicidade! Saindo fumaça, o cafezinho vem servido numa xícara curtida, instalada num pires de alumínio! É o céu para o mais tradicionalista e amante do nosso melhor produto para exportação!

Spaghettilandia: calma, não se assuste. Leia antes! Vendidos no balcão que fica virado para o lado de fora do restaurante, o pingado e a média podem ser acompanhados por um pão na chapa. E só! Tirando isso, o resto não vale a pena, nem o almoço do restaurante. Mas o café da manhã no estilo "lendo o jornal no balcão antes do trabalho" é de tirar o chapéu! Esse fica na Álvaro Alvim, próximo ao Teatro Rival.

Pão com Linguiça


Poucas bebidas não ficam bem com pão com lingüiça. Acho que até água combina com pão com lingüiça! Mas depende do pão e da lingüiça, é lógico. E esse é o tema do nosso bate-papo de hoje.

Aonde comer um pão com lingüiça de qualidade, daqueles que fazem você querer atravessar bairros, à noite, para mais uma vez devorar o sanduíche?Eu tenho um lugar preferido para comer o meu!

Mas aí, sabe como é que é, cada um elege o que mais lhe agrada... Antes de falar do meu predileto, vou discorrer um pouco sobre alguns lugares que estão no paraíso dos pães com lingüiça do Rio de Janeiro.

Casa do Alemão
O tradicionalíssimo pão com lingüiça mata a fome dos comensais desde 1945. Caraca, foi quando meu pai nasceu! Lingüiça fina, torradinha, com mostarda preta no pão careca, aquecido. Muito bom! É impossível passar em frente a uma Casa do Alemão e não dar uma parada para fazer um lanchinho.

A casa possui sete lojas: duas em Petrópolis, uma em Itaipava, duas na Washington Luiz e duas na Dutra.

Coisas do Interior
O restaurante da Voluntários da Pátria, número 46, em frente ao Espaço Unibanco, tem um sanduíche que vai direto ao ponto: pão de francês e lingüiça fina. É uma ótima pedida para os cinéfilos após as sessões noturnas do Espaço Unibanco.

Cervantes
Sanduíche sério. Sempre peço acompanhado de queijo e alho. Magnífico! Lingüiça calibre médio, no pão de leite quentinho. Feito com agilidade e rapidez ninja pelas mãos do Marrom ou do Araújo, o sanduba pode ser apreciado até altas horas da madrugada, de terça a domingo, no balcão instalado bem no iniciozinho de Copacabana, entre a Barata Ribeiro e a Prado Junior.

A casa tem mais duas filiais instaladas na Barra. Uma na Avenida Airton Senna, 3.000, e outra no Shopping Via Parque. Sem preconceito, mas no shopping!?!?!

O melhor - ERNESTO SANDUÍCHES
Bem, os citados acima são pesos-pesados do pão com lingüiça, mas para mim, o do Ernesto Sanduíches (Rua Theotônio Regadas, 5) é mágico. Eu disse M-Á-G-I-C-O. O sanduíche de lingüiça fina alemã, com queijo parcialmente derretido (para não ficar muito pastoso) e o pão francês levemente torrado, é a representação máxima da iguaria. Apesar de ser caprichado, é muito difícil comer um só!

Agora uma curiosidade, na verdade, um verdadeiro mistério! Já perguntei ao filho do dono e nem ele soube me responder. A questão é a seguinte: o sanduíche do Ernesto Sanduíches é indefectível, mas o do Bar do Ernesto é duvidoso. É mais caro, o pão, careca, não tão fresco e ainda tem que colocar a faca no pescoço do garçom para que o homem recheie com queijo. Já o ouvi dizer até que não tinha queijo no restaurante!Esqueçamos as diferenças e devoremos os sanduíches!

Até lá!

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Texto escrito a som de:
No surprises – Radiohead;
Creep – Radiohead;
Nothing lasts forever – Echo and the bunnymen;
A forest – The cure;
Fall to pieces – Velvet Revolver;
Still DRE – Dr. Dre feat Snoop Dogg;
Para ver as meninas – Paulinho da Viola;
Be yourself - Audioslave;
Like a stone - Audioslave

Mercado São Pedro

Já que estamos falando em Niterói, continuemos no mesmo bairro. Pelo menos (sem trocadilhos com clínica de depilação) por enquanto.

Num início de tarde de domingo eu e minha esposa decidimos pagar uma dívida adquirida já nos primeiros dias de namoro: almoçar no Mercado de Peixe de Niterói. Ou Mercado São Pedro. Fica à escolha do comensal.

Pois bem, rumamos cheios de fome e ansiedade para o tão afamado mercado.

Após errarmos o caminho umas 3 vezes (quem conhece a minha esposa sabe que isso é corriqueiro) chegamos a terra prometida.

Assim que apontamos o carro fomos abordados por um típico representante da maior praga moderna que conheço: o flanelinha! Dispensamos a sua ajuda e adentramos o estacionamento (R$ 2,00) que funciona bem em frente ao São Pedro. Porém, como era domingo, o estacionamento só funcionava até às 14:00h. Então a opção foi deixar o carro na rua mesmo; ninguém mexeu.

A primeira visão que temos é do extenso corredor ladeado por barracas de peixes e frutos do mar. Maravilha! O lugar é limpo e os vendedores simpaticíssimos e honestos! Alguns tão honestos que surpreendem. Como é o caso do Vascaíno. Uma amiga minha, assídua freqüentadora, já tinha me dado a dica. Quando perguntado se o peixe da barraca dele está bom, se não tiver, ele diz – Ihhh...hoje não está legal não! Melhor comprar na barraca do fulano ou do beltrano. Incrível!

No segundo andar estão os restaurantes. Tem desde o estilo boteco até o mais formalzinho. Neles pode-se escolher algum prato do cardápio ou então, o que dá muito mais prazer, pagar a “fritura” do peixe fresquinho que adquiridos nas barracas de peixes do primeiro pavimento.

Ficamos no Restaurante da Leda, seguindo indicação de uma amiga habitué do lugar. Não nos arrependemos. Marcamos a mesa, eu fiquei lá, bebendo e fumando. Eu disse fumando! Lá pode fumar, sim! Enquanto isso minha esposa foi escolher a surpresa marítima da tarde.

Pedi uma Bohemia (R$ 3,50 – 600ml) para ajudar a espantar a solidão e após a chegada da amada fui de boas ovas de peixe à milanesa (R$ 8,00). Depois fui confirmar o que havia nos dois sacos plásticos, trazidos pela “marida”, acomodados em cima da mesa.

Continham um quilo de camarão cinza (R$ 12,00), um polvo médio (R$ 15,00 o quilo) e mais ovas de peixe (R$ 3,00). Para fritar o camarão nos foi cobrado R$ 7,00 e para fazer o polvo, já com acompanhamentos, R$ 15,00. As ovas, bem, já tínhamos comido ovas, então levamos para casa.

Confesso que comer 1 Kg de camarão foi uma experiência até então desconhecida para mim. A R$ 19,00 então nem se fala! Nem nos meus melhores sonhos me imaginaria aproveitando este custo-benefício sem a certeza de que decorridas algumas horas teria que acionar o plano de saúde e solicitar uma ambulância!

Para acompanhar todo aquele camarão, cachacinha mineira (R$ 2,50), já que a Bohemia não estava dando conta.

Após alguns quartos de horas para a ova e o camarão “descerem”, emendamos o polvo. Este decepcionou...e muito! Mas a culpa não foi da Leda nem das outras tias que nos atenderam com toda atenção (destaque para a Rose). O polvo é que era ruim mesmo. Peixes e frutos do mar têm disso. Por vezes tem que saber escolher. Ele chegou à mesa com alho e óleo e tinha a consistência de um chiclete gigante. Mandamos voltar! Voltou para a cozinha, voltou para a mesa e estava do mesmo jeito! Daí a Leda trouxe uma amostra do polvo sério que ela comercializa no seu restaurante. Ele tinha sido feito só na água e sal. Estava divino! Da próxima vez peço para ela comprar o polvo pra mim!

Final de tarde, final feliz, só faltava a sobremesa. A palavra Thunder lhe diz alguma coisa? Este fica para outro texto, outro dia...

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Vanessa da Mata - Fugiu com a novela, Baú, Vermelho, Boa sorte/ Good luck
Sunshine Anderson - Heard it all before
Corinne Bailey Era - Put your records on

Votar ou não votar?

O jornal O Globo, aproveitando sucesso da campanha da escolha das Sete Novas Maravilhas do Mundo, lançou a campanha as Sete Maravilhas do Rio.

Dentre as 30 opções, têm o Pão de Açúcar, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, o Museu Imperial de Petrópolis e, claro, os Arcos da Lapa, tema dessa análise.

Para o bom boêmio, como nós, essa seria uma opção certa de voto. Nem tanto pelos arcos, mas pelo centro histórico gastronômico que é o lugar. Bares e restaurantes, como o Bar Brasil e Capela*, mais do que conhecidos e respeitados por gerações e gente de todas as classes sociais estão cravados lá na Lapa, berço de Geraldo Pereira, Madame Satã e tantos outros ilustres.

Mas para os conservadores, como nós também, que gostamos de chegar no boteco e ver aquele mesmo pôster e mesmo garçom que já nos atende e nos chama pelo apelido, o voto traria ainda mais visibilidade a Lapa, o que poderia gerar mais investimentos e trazer ainda mais gente que não percebe o clima do lugar, deixando-o com um ar moderno e sem o requinte conquistado com os anos.


E aí, votar ou não votar? Nós ainda não decidimos! E você? Já decidiu? Comente!


* Curiosidade: Atualmente, muitos chamam o restaurante “Capela” de “A Capela”. O "A Capela", mais modernoso, foi construído depois e compartilha da mesma cozinha do anterior, apesar de ter conceito de restaurante. Os muuuito antigos chamam de “Capela”, mas o nome do primeiro restaurante é “Nova Capela”.

Aberto 24 horas!

Você está convidado a deixar o Diário de BARdo ficar cada vez mais completo e atrativo!Sua participação é fundamental e nós queremos ouvir a sua opinião.

Comente, sugira, participe... Materiais sobre o assunto - comidas, bebibas, análise de propagandas e lançamentos, apetrechos, experências etc - são muito bem-vindos.

O Diário de BARdo é um espaço democrático para o bate-papo de todos aqueles que de algum modo se sentem envolvidos pela gastronomia, e queremos fazer desse blog o espaço que faltava na internet brasileira!

Aqui, o chopp, os petiscos e o papo nunca acabam!

Puxe a sua cadeira e sente à mesa conosco. Estamos abertos 24h!

R$2,75 que Valem Por Umas Férias Inteiras

Falando assim, parece até exagero, mas é verdade. Essa é a sensação que tenho quando vou ao Café (Bistrô) Odeon, todos os dias após o almoço. Rita, Sílvio, Sandra, Gabriela e Vivi são minhas provas vivas do que estou dizendo, além de dividirem a mesma opinião.

Em plena Praça da Cinelândia, cravado no coração do Rio de Janeiro, quem vai ao café tem o privilégio inicial de escolher entre o deck – extenso e feito de madeira -, o lado de dentro e o segundo andar.

É lógico que a escolha certa, a meu ver, é justamente o deck, pois lá você tem a sua frente nada menos que a vista da Biblioteca Nacional, o Teatro Municipal e as Praças da Cinelândia e Mahatma Gandhi.

Dica: leve seu livro e peça o expresso. Lá, você não precisa ter pressa. Os garçons te deixam a vontade e você pode ocupar seu tempo relaxando enquanto as pessoas vão e vêm do lado de fora, preocupadas com o horário do trabalho, nem percebendo a sua presença por lá. E é aí que entram as férias.

Você acaba se imaginando em um café na Europa, na calçada da Champs-Élysées, tomando um expresso com água gasosa, sem se preocupar com nada, só acompanhando o movimento enquanto o tempo passa e tarde cai. Bem ao estilo turista!Por um momento, até esquece que foi ali rapidinho para dar uma relaxada após o almoço e jogar mais um pouco de papo fora com amigos de trabalho.

A única pena é que o toldo ainda não foi reposto, após um vendaval que houve aqui no rio, tirando um pouco do ar de privacidade e do charme europeu chique do local. De resto, tudo ótimo.

Aliás, curiosidades a parte, no Cine Odeon, que faz parte do complexo que tem até livraria – tudo bem separado, sem confusão -, e tem o mesmo charme do café, principalmente por sua carta de filmes, é ponto obrigatório dos cinéfilos alternativos e cults, além de ser palco principal do Festival de Cinema do Rio e do Anima Mundi.

Detalhe para o biscoitinho de canela que acompanha o cafezinho. Divino!

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Série: “Cafeína, pra que te quero?”

Texto escrito ao som de Beastie Boys, The Mix Up

Rapidinhas


Tá precisando fazer uma comidinha rápida e gostosa, com temperos práticos e que não costumam faltar na sua geladeira? Visite o site do Panelinha e divirta-se com as receitas básicas, mas que irão te salvar quando sua imaginação e despensa estiverem vazias!

Rapidinhas


1. Peça Desesperados (está em cartaz no Teatro dos Grandes Atores - Barra Square) - ao final da peça, o melhor a se fazer é ir ao Rosas e escolher um dos diversos bares que tem por lá. O espetáculo custa R$ 30,00 e ficará em cartaz até o dia 25 de agosto.

2. Ainda falando em peças, Brincando Em Cima Daquilo (Shopping da Gávea) é quente e, claro, chegar uma hora antes pra comer a Batata Inglesa é divino. Esse roteiro é dos mais praticados pelos frequentadores das peças que ficam em cartaz por lá!

3. Linguiça da Roça com aipim do Trapiche da Gamboa (Rua Sacadura Cabral, 155). A linguiça frita, calibre médio, e apimentada é acompanhada por aipim cozido com cebolinha. Um espetáculo que custa R$ 9,00.

O Primeiro

Bem, o primeiro tem que ser o mais freqüente. Aquele em que assim que chegamos, o nosso melhor amigo, postado do outro lado do balcão, já nos presenteia com a bebida preferida. Isso antes de dizer boa noite, bom dia ou boa tarde. Como mistério não é o motivo desta conversa, vou dar logo nome aos bois.

Estou falando do Bunda de Fora. O codinome despojado já deixou para trás a origem lusitana do boteco que remonta 1957 e que originalmente era conhecido como Aboim. Bunda de Fora ou Aboim? Pouca diferença faz, já que o bar não tem letreiro, banner, placa, homem-sanduíche, enfim, nada que anuncie o nome do estabelecimento. Para falar a verdade, a única identificação vem do insistente guardanapo de papel no qual se lê: Bar Bunda de Fora. Pronto! Está batizado!

Tem gente que implica com tamanho. Eu sou partidário do lema “tamanho não é documento”. De dimensões modestas o boteco da Rua Souza Lima 16, situado no melhor ponto de Copacabana, pertinho de lugares já conhecidos da boemia carioca como Help, Morro do Pavãozinho, Forte de Copacabana e a nossa praia, faz muito bonito na seleção de rótulos de scoth e no tamanho da dose.

É o whisky mais honesto do Rio de Janeiro. Marcas originais (por favor) como Red Label e Grant’s a R$7, a dose (sem reguinha miserável na garrafa e nem medidores para cafezinhos), e Logan e Buchanna’s a R$ 10. Isso para ficar nessas quatro marcas, porque é grande a variedade de rótulos.

Para rebater, pasteizinhos de queijo provolone, carne, carne-seca, bacalhau ou queijo minas. Todos feitos na hora, mas nem todos os dias tem todos os sabores. Tem que ir tentando. Outra linha de tira-gostos são os que ficam expostos na estufa. Lingüiças, pedaços de frango e carnes impossíveis de serem identificadas a olho nu são freqüentes por ali. Para os mais famintos tem rabada, pernil, galinha ao molho pardo e outras maravilhas que fervem nos caldeirões comandados pelo seu Zé.

João, dono do único abridor do bar, paraibano gente boa que comanda a festa, subverteu as regras dos botecos fazendo dos clientes seus funcionários-honorários “deve ter aprendido essa com o Alfredinho”. É só parar ao lado da geladeira que o João grita: -Você aí! Pega uma cerveja aí pra mim! Agora, cuidado para não congelar a mão! A cerveja é perfeita.

De dia, o bar abriga senhores e senhoras do pós-praia, ambulantes, intelectuais e jovens de personalidade própria. À noite vêm os universitários, os moradores mais próximos e os executivos.

Quer usar o banheiro e é mulher? Melhor ir no outro boteco: o da esquina. Banheiro não é o forte do Bunda, apesar do nome.

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Escrito ao som de Curare, Jou Jou Balangadão, Tim tim por tim tim e Estate. Todas do CD Prado Pereira de Oliveira, do João Gilberto.

Sobre o Bar, ops, Site

Esse, enfim, parece ser o blog definitivo de dois confrades que têm uma coisa em comum, além do chopp: o prazer pela comida!Com isso, dividiremos nosso tempo com o agradável e hilário blog Confraria dos “Safados”. Tudo bem que ele está de férias intermináveis, mas assim como o nome da sogra que ninguém que ter, a esperança é a última que morre. Enquanto houver uma gota de cerveja no fundo do copo, nós estaremos lá, mesmo que na torcida!

Se quiser saber onde a turma anda, ligue para nós. Estamos sempre, juntos ou separados, em algum lugar por aí bebendo!Mas voltando ao assunto, nesse novo projeto, como o nome já diz, vamos comentar experiências gastronômicas vividas no nosso dia-a-dia. Seja num bar, restaurante, boteco, padaria e até mesmo o churrasquinho da esquina.

Não importa, o Diário de BARdo estará sempre ligado e pronto para informar as boas experiências e, claro, as ruins, além de um pouco de lero lero!Aqui, só não valem os restaurantes rotineiros que costumamos comer na hora do trabalho, com exceção daqueles que vamos quando é uma sexta-feira ou dia de comemoração.

Flávio, o homem dos vinhos e cozinheiro nato, trará aqui para o site experiências para lá de excitantes do seu roteiro pessoal, com toques sobre temperos, bebidas e sugestões de degustação de pratos e até mesmo petiscos.Vinícius, glutão por natureza e contador de histórias, comentará, além das situações vividas dentro e fora desses recintos, experiências “sem a técnica” dos bons sabedores, em uma boa conversa de leigo para leigo.

Esperamos que gostem da brincadeira! Sirvam-se a vontade!